domingo, 1 de julho de 2007

Fobia? (mais tipo história)

Corro.

Sim corro.

Ainda não parei de correr.

Devo de estar a correr até ao limite da minha loucura.

Corro.

Sim corro.

Sempre com um ar assustado

Olhando vezes sucessivas para trás.

As ruas estão desertas

E eu vejo pessoas iguais a mim por toda a parte

A mesma cara…

O mesmo cabelo…

A mesma roupa…

Olham-me de lado

Riem-se para mim de forma maléfica,

E começam a perseguir-me

A correr com uma velocidade incalculável atrás de mim.

Corro por estas ruas

Em que nada mais se ouve

Para além do som dos sapatos

Dos meus, e das pessoas iguais a mim…

Som ensurdecedor e assustador

Devido a esta corrida sem fim.

Corro sempre a gritar por socorro.

Quem sabe se não existirá ainda alguém

Aqui, sem que seja igual a mim?

Mas com o passar do tempo

E já com a exaustão do corpo

A esperança parece dissipar-se

E em vez dela, a impressão que eu tenho

É que serei eu a última a morrer.

Já não aguento…

O meu corpo já não aguenta mais…

Mas o deles, parece nunca se cansar.

Esbarrei-me agora contra alguém.

Olho.

Os meus olhos estão mais abertos que nunca

E sem pestanejar.

Devido a este medo, a este pânico que me consome

Passo após passo…

E a este frio que sinto que ao meu corpo está a tomar.

Esbarrei-me contra mim.

Ou contra alguém idêntico a mim.

Os outros, que insistemente corriam atrás de mim

Cercam-me.

E eu no meio de pessoas iguais a mim olho em redor

Sempre receando algum movimento

E julgando ser este o meu fim.

Começam-se a aproximar

Sempre com o mesmo olhar

Com aquela maldade nos olhos

Começo a baixar-me

Como se isso me adiantasse de muito…

Pois não há forma de defender-me…

Tapo a cabeça com as mãos

E cerro os olhos com muita força,

Com muito medo.

Sinto a respiração desses seres a aproximar-se de mim…

Penso “estou a segundos do meu fim…”

E de um momento para o outro

Nada mais consigo ouvir.

Ganho forças, coragem, ou o pouco que restava dela e

Abro os olhos

Já nada me cercava

E as ruas tinham voltado a ser movimentadas.

Começo-me a levantar

Olhando para as pessoas

Levanto-me lentamente

Esperando que de nada se tenham apercebido.

Não entendo o que se passou

Eu não estou a dormir…logo não estou a sonhar.

Estou aqui na rua…

As pessoas estou a ouvir e o vento no rosto a sentir.

“O que se passou?”

Pergunto-me sucessivamente.

Terei eu medo de ser perseguida?

Ou medo de mim?

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá :)

Medo de ti não direi.
Mas talvez medo de todos os fragmentos de ti, de todas as tuas caracteristicas, de todas as tuas almas que por vezes parecem misturar-se :)

Gostei muito do texto. Muito descritivo. Perfeito para nos colocarmos na cena :)

Um beijinho!*

Anônimo disse...

epah,, ixt deixou.me a pnsar.. realment,, mtas vexes tntamos fugir de nos popios... =/ tal km a "the kill" nem smp se tem uma boa relaxoa km u noxo somente ne amor?

ta msmo nito bebezitah (':

amO.The agr... i smpe!